A lição do macaco

O vascaíno Bruno Mário Correia tem 18 anos é solteiro e mora na rua Sete de Setembro, em Carmary. Atualmente está fora da escola, mas sempre que pode lê um pouco, sobre diversas coisas. “Queria muito ir a São Januário ver meu Vasco, mas não dá e assisto pela TV”, diz. Às vezes vai se divertir no centro de Nova Iguaçu, mas na maioria das noites fica na praça próxima a sua casa, com os amigos.

Meu irmão parecia um macaco
“Meu irmão Alex gostava muito de subir em árvores, mangueiras, amendoeiras. Onde havia uma árvore lá ia ele, parecia um macaco. Como tinha apenas cinco anos, não tinha a mesma habilidade para descer que tinha para subir. Vivia gritando meu nome, pedindo ajuda para descer da árvore. Eu tinha 14 anos nessa época.

Um dia, ele se desequilibrou ao tentar passar para outro galho. O galho partiu e Alex caiu bem em cima de mim, que estava embaixo da árvore lendo uma revista. Foi a salvação dele. Se eu não estivesse ali, ele teria morrido ou quebrado a cabeça. Ficamos muito machucados e fomos ao posto, mas felizmente não sofremos nenhuma fratura. O meu corpo amorteceu sua queda.

Quando minha mãe soube, ficou furiosa. Não bateu na gente, mas deu uma bronca de mais de uma hora. Fiquei até com dor de cabeça. Assumimos então um compromisso, de nunca mais subirmos em árvore.

Alex ficou traumatizado e nunca mais subiu, em qualquer árvore. Eu, que fui sua escora, às vezes até subo, mas olho bem, estudo a situação e procuro não me distrair. Foi uma lição para nós. Acho que o anjo da guarda nos salvou, com disse uma vizinha rezadeira.”